Ex-ministro, da Frelimo, mostrou coragem e rematou: "Camarada presidente falou há pouco que estamos a ter problemas financeiros. Mas estamos a gastar bem dinheiro aqui no nosso partido"



Num discurso que se diz que mexeu muito com a sensibiblidade do ex-presidente de moçambique Armando Guebuza, proferido pelo membro histórico da "frel" Óscar Monteiro, o politico nao deixou de de "cuspir" algumas duras verdades sobre assuntos inquietantes que permeiam o partido no poder.


Excertos sobre o que realmente se passou no último CC da Frelimo foram primeiro publicados pelo jornal independente Carta e depois pelo Savana.

Informações dos excertos indicam que apesar do partido no poder ter declarado que saiu do CC mais unido, ouve momentos de pequenos choques entre membros de destaque no partido.

Há informação que o membro histórico do partido Frelimo Óscar Monteiro por exemplo não poupou palavras para falar de como milhões de moçambicanos vivem na pobreza enquanto a elite muitas vezes vinda da frelimo tende a cercar-se regalias luxuosas.

Em baixo está uma parte do que Monteiro falou sobre o luxo da elite politica.

"A austeridade tem que começar aqui no nosso partido."

"Camarada presidente falou há pouco que estamos a ter problemas financeiros. Mas estamos a gastar bem dinheiro aqui no nosso partido? Camarada presidente, nesta campanha, o que eu proponho, salvo o camarada presidente não precisa porque tem um avião, é que todo mundo viaje de classe económica, todo mundo vá a hotéis modestos, não precisa ir aos mesmos hotéis."

"É que o respeito que os dirigentes merecem não se manifesta, necessariamente, através de pompa e ostentação."

"Acabarmos com viaturas de luxo. Na África do Sul estão a pedir contas de Ministério por Ministério porque querem parar com estes casos. Tem sentido vivermos num outro mundo, de ar condicionado e de luxo?"

"Diminuir o excesso de segurança, neste momento que estou a falar, está um exército de pessoas aí fora. Todo mundo tem segurança. Será que todos nós estamos ameaçados a esse nível? E mais? Que vida dão a essas pessoas? Andar a acompanhar-me e carregar pasta uma vida inteira até ter cabelos brancos. É justo isso? Mas as contas, estão a se multiplicar."

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